domingo, 25 de março de 2012

Confraria Baiana de Cerveja

Foi criada, no último dia 11/03/2011, no Empório Mata Branca, a Confraria Baiana de Cervejas. A Confraria é uma denominação muito utilizada para grupos - geralmente informais- constituídos por pessoas amigas que querem cultuar um hobby. Apesar de a origem das confrarias está associada a ordem religiosas ou sociedades secretas de culto a um determinado santo ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Confraria ) hoje existem sob diversas finalidades: música, cinema, gastronomia, objetos antigos, carros, bebidas, são alguns dos temas para os quais se tem confrarias.


Em relação à bebida, há várias no Brasil, especialmente dos apreciadores de vinho, mas também de outras bebidas. Há também de cervejeiros, dentre elas a Confraria do Marquês no Rio de Janeiro ( http://www.confrariadomarques.com.br/ ). Estes grupos de cervejeiros ou confrades se agrupam para realizar compra coletiva e degustar rótulos difíceis de serem encontrados nas prateleiras de mercado; visitam bares e restaurantes que tenham carta de cerveja e realizam harmonização com pratos típicos etc.
Imagem retirada do site:
 http://www.whyleaveastoria.com/profiles/blogs  

Muitos clientes do Empório Mata Branca, aqui em Conquista nos sugeriram a criação de uma confraria como instrumento para ampliar a apreciação de cervejas. Concordando com estas sugestões, promovemos uma reunião no dia 11/03 onde discutimos alguns fundamentos da nossa confraria. As sugestões dadas serão submetidas à avaliação dos demais confrades que se integrarão. Elegemos o dia 17/03/12 como o dia oficial da fundação da Confraria além de sugerir nome e finalidade. Estavam neste ato:

Igor (Vitória da Conquista),
Fernanda (Vitória da Conquista),
Calleb (Itabuna),
Albert (Itabuna),
Karine (Salvador),
Clarize (Vitória da Conquista),
Luiz (Vitória da Conquista),

Outros fundadores (se não esqueci de alguém!):
Luiz Henrique (Vitória da Conquista),
Ricardo (Vitória da Conquista),

Além das já citadas, há outras pessoas que demonstraram interesse e serão confirmadas mediante manifestação, à exemplo de Leonardo (Salvador), Nara (Vitória da Conquista), Mazzo (Vitória da Conquista) dentre outros.

Sugestões discutidas na reunião:
Nome: Confraria Baiana de Cervejas

Finalidades (em construção):
Degustar cervejas em seus diversos estilos, rótulos e origens;
Compartilhar conhecimento sobre cervejas;
Fazer compras coletivas de cervejas;
Difundir a cultura cervejeira no Estado;
(...)

Discutimos ainda que a Confraria deva ser um grupo acolhedor e plural, ciente do seu papel educativo. Também chegamos à conclusão que, para favorecer a participação de pessoas em outras cidades, não será exigido que os integrantes residentes fora de Conquista participem presencialmente dos encontros, mas realize degustações sempre nos dias combinados e utilizando as orientações repassadas com antecedência. Desta forma funcionará da seguinte maneira:

1 - Faremos nossa comunicação via e-mail e decidiremos os estilos e cervejas a serem degustadas;
2 – Faremos a compra das cervejas eleitas;
3 – As cervejas serão distribuídas entre os sócios, inclusive os que moram em outras cidades (via COORREIOS, transportadora, etc.);
4 – no dia marcado, e da forma orientada via e-mail previamente, todos farão a degustação e preencherão a ficha de avaliação da cerveja;
5 – resenhar a experiência via e-mail e arquivar para sistematização as fichas;

A Confraria fomentará a realização de eventos e/ou a participação dos seus membros em eventos cervejeiros de cunho nacional.

Um regimento será elaborado com a colaboração de todos para orientar o funcionamento e a entrada de possíveis membros novos.

 imagem retirada do site:
http://www.steveonsteins.com/the-sport-of-drinking-on-various-art-works-1  


segunda-feira, 19 de março de 2012

Receita de Cerveja 04 - fruto de palma

Hoje postaremos nossa quarta receita de cerveja caseira. Desta vez tivemos o prazer de compartilhar a brassagem com Calleb, Camila e Albert, cervejeiros de Itabuna que estão iniciando nesta aventura de fazer sua própria cerveja. Na verdade os caras já são feras, conhecem cervejas, participam do movimento cervejeiro nacional, mas só recentemente começaram na labuta! Eles saíram de Itabuna e vieram até Conquista, aceitando o desafio de fazermos uma brassagem (lote de cerveja) utilizando receita inédita: Uma cerveja com um ingrediente comum no dia-a-dia do sertanejo ou da caatinga (também conhecida como mata branca), o fruto da palma. É ela mesma, aquela frutinha que dá no topo do cacto utilizado para alimentar o gado em épocas de seca no sertão! Para alguns uma iguaria conhecida como figo da índia; para outros, ração animal. O certo é que este fruto é rico em carboidrato (base para a fase ensimática que produz os açúcares fermentecíveis, ou simplesmente a comida do fermento que será transformada em álcool e CO2). Além disso, possui um delicioso e exótico sabor suave que lembra algumas frutas tropicais. Vamos ao relato desta aventura. Antes, porém, agradecemos a Cleber que conseguiu com um amigo de Ituaçu os frutos em quantidade generosa e em ótimas condições de amadurecimento. Vamos reservar uma garrafa para ele!!

Utilizamos como estilo base o Pale Ale por acreditarmos ser um bom caminho para realizar testes com ingredientes novos. A receita consta:

9 kg de malte pilsen;
3 Kg de malte viena;
1 kg de malte cristal – torrado por nós mesmos exclusivamente para este lote;

Em relação à receita original, reduzimos um pouco o malte com intuito de aproveitar o potencial do fruto quanto a sua carga de carboidrato (acreditamos que o processo de cozimento possa gerar açúcar assim como o cereal). Também apostamos que o fruto influenciaria na coloração da breja.

Quanto ao Lúpulo:
20g de Columbus (fervido por 70 minutos)
30g de Centennial (fervido por 70 minutos)
40g de Columbus (fervido por 20 minutos)


Fizemos uma lupulagem com intenção de o lúpulo não ser marcante o suficiente a ponto de encobrir possíveis especificidades organolépticas do fruto de palma. Por isso optamos por lúpulos de amargor e aroma com tempo de fervura mínima de 20 minutos. 

Fermento:

Dois pacotes de Safbrew WB-06 hidratados no próprio mosto 2 horas antes da inoculação.


Processo:

Não vou descrevê-lo passo à passo por ser basicamente o mesmo já descrito na primeira receita. Vamos nos prender ao que houve de específico.

Primeira novidade foi a moagem realizada em um moinho novo que conferiu um ponto ótimo na quebra do cereal. Fiz uma adaptação com um cilindro de pizza (todo em alumínio), fui colocando umas madeiras ali, outras aqui e pronto: a geringonça estava pronta. Apesar de reduzir a velocidade da moagem e carecer de alguns ajustes ainda, fiquei muito satisfeito com o novo moinho, muito melhor e isso refletiu lá na frente quando fizemos a filtragem no bagaço. Pretendo escrever um post só falando de moagem, mas não é agora.

Outra novidade (nem tanto pois já fiz nas últimas levas) é que o malte cristal (torra leve) que dá a cor avermelhada típica da pale ale foi feito por nós mesmos em uma pequena torradeira de café. Nesta receita utilizamos 1kg que torramos a partir do vienna.

Bem, a novidade de fato foi o uso de 2kg de polpa de fruto de palma (ou figo da índia) ainda no início da brassagem. Podemos experimentar o uso de adjuntos (ingredientes que não são essenciais na cerveja) para dar um toque específico, desde que não descaracterize a cerveja como determina seu estilo. Isso pode ser feito em vários momentos do processo, desde o cozimento, passando pela fervura até diretamente na garrafa no dia de envasar. No nosso caso optamos intuitivamente por fazê-lo na mosturação (cozimento). Desta forma, reduzimos o risco de contaminação, pois o processo de fervura viria depois de colocarmos a polpa. Por outro lado, não sabemos o que pode acontecer em termos de desnaturação das substâncias integrantes do fruto ao serem submetidas à temperatura alta. Das próximas vezes faremos a introdução em outras etapas do processo. A única coisa que podemos afirmar antes da cerveja ficar pronta é que a cor está linda!

Percebemos que por influencia do fruto da palma que adicionamos a densidade original (densidade do mosto antes do trabalho da levedura) ficou acima do esperado se não tivéssemos colocado este adjunto. Neste caso podemos afirmar que parte dos componentes do fruto ficou no líquido, mesmo com a filtragem (tomara que seja açúcares!!). de toda forma esperamos uma cerveja um pouco mais encorpada do que teríamos se a receita não levasse este ingrediente novo.

Graças ao ótimo ponto de moagem, a filtragem e lavagem do bagaço foram ótimas.

A OG ficou em 1064 (eram esperados 1058),
Inoculamos o fermento no mosto frio (cerca de 20ºC) e colocamos o fermentador à uma temperatura de 20ºC onde permanecerá por 7 dias até ser submetida a purga do fermento e maturação da Cerveja. A previsão para ficar pronta a partir da primeira semana de abril.

 Fiquemos todos na torcida para que fique muito boa, assim mandaremos para o concurso nacional de cervejas caseiras em Piracicaba para concorrer na categoria livre.  

domingo, 18 de março de 2012

1º San Patrick’s Day em Conquista

Aconteceu no dia 17/03/12 o primeiro evento comemorativo do tradicional dia de San Patrick, Santo padroeiro da Irlanda e, em muitos lugares do mundo considerado o patrono da cerveja. Apesar de não haver registro de que Vitória da Conquista tenha comemorado esta data em outra oportunidade, acreditamos que é possível estabelecer o dia de San Patrick no calendário da cidade.

O Empório Mata Branca dando continuidade a seu trabalho de difusão da cultura cervejeira, propôs aos seus clientes e amigos uma pequena comemoração a esta data tão importante no calendário cervejeiro em todo mundo. A brincadeira era assim: quem chegasse ao Empório vestido e/ou com adereços verdes que lembrasse o Santo irlandês ganharia um copo da Mata Branca Russian Imperial Stout, além de ter desconto nas cervejas da Bierland e da Bamberg. O resultado foi ótimo, muita gente compareceu, prestigiando a iniciativa que já promete muito mais para a segunda edição. A maioria compreendeu a proposta e já chegou totalmente no contexto, outras foram em casa, trocaram uma blusa ou vestido e retornaram para a festa! O importante foi entrar no clima. Claro que alguns espertinhos quiseram “vender gato por lebre” tentando nos convencer que azul era verde, outros apresentaram sandália como adereço verde para justificar etc. Mas tudo foi válido e ninguém saiu sem beber Mata Branca e participar da festa. Lá para as tantas estávamos todos brindando San Patrick em várias tonalidades de verde, a ponto de um amigo falar “estou com medo de chegar uma vaca aqui e nos confundir com capim!”. Os pais que levaram suas crianças não se arrependeram! Elas aproveitaram a praça Gesner Chagas e se divertiram para valer!
 Servimos salsichões alemães e biscoitos regionais para petiscar. Para beber, cerca de 100 litros de cervejas especiais brasileiras e importadas foram apreciadas. Nossos agradecimentos a todos que compareceram e mobilizaram seus amigos para prestigiar esta data. Foi surpreendente e nos motivou para fazermos melhor no ano que vem! Ainda em 2012 faremos outros eventos relacionados ao mundo das cervejas, portanto, aqueles que não puderam participar no dia 17 terão oportunidade nos próximos!

Para ouvir, além das histórias e estórias que cada um contava, o som do U2, uma das mais famosas bandas irlandesas na atualidade.
 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Comunicado - 01

Prezado cliente

O Empório Mata Branca estará fechado no período de 05 a 07/3/2012 em virtude de pequenas modificações em sua estrutura para melhor atendê-lo. Reabriremos na quinta (dia 08/03) com algumas novidades, inclusive com muitas cervejas novas. São 61 rótulos aguardado você!

Aproveitamos para anunciar que 17/03 é o dia de Saint Patrick, uma das datas mais importantes no calendário cervejeiro e que marca o dia do falecimento do santo irlandês que virou um simpático símbolo da cerveja. Associado à alegria e a sorte, Saint Patrick é comemorado com muito verde e cerveja. O Empório Mata Branca convida seus clientes e amigos para comemorar o Saint Patrick day. Vista sua roupa verde, pegue seus acessórios (chapéu verde, sua caneca ...) e vá até o Empório no dia 17. Estaremos com uma Mata Branca Russian Imperial Stout para presentear aqueles que chegarem com roupa verde!



Feliz dia de Saint Patrick!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Agenda de Eventos - 01

Como havia dito há alguns dias atrás o mês de Março marca o início de um calendário de eventos do Empório Mata Branca. Hoje convidaremos os amigos leitores para dois deles: O primeiro será uma Noite de Degustação de cervejas, que ocorrerá no dia 10/03 conforme cartaz abaixo. O segundo evento é a degustação da Mata Branca Russian Imperial Stout que levaremos para o Concurso Nacional de cervejas caseiras em Piracicaba no período de 7 a 9 de junho do ano corrente. Faremos, no dia 17/03, lá no Mata Branca, uma espécie de teste de palatabilidade da cerveja.
  
Quando fazemos uma cerveja sempre ficamos tensos para saber se vai ficar boa, se tem algum defeito grave ou se alguma das características essenciais foi encoberta por fator estranho como contaminação ou ésteres indesejáveis que desqualifique a breja. A vantagem disso tudo é que temos de monitorar durante o processo de maturação (ou seja, beber uma garrafa a cada semana para perceber a evolução da bebida). No uso desta prerrogativa eu abri uma garrafa ontem!! Estava maravilhosa, forte, alcoólica (8,2%) encorpada, complexo sabor de castanhas, café, chocolate, vinho do porto, mel. Ótimo equilíbrio entre o doce dos mais de 15 kg de malte com o amargor do lúpulo generosamente adicionado à fervura. Com baixa carbonatação e notas de frutas como ameixa e framboesa – tomara que continue assim até junho! Na minha opinião, uma cerveja que corresponde inteiramente ao charmoso estilo Russian Imperial Stout.

O rótulo é apenas ilustrativo - pertence a outra cerveja nossa
Venham provar esta cerveja no dia 17/03. Pode ser a única chance, já que eu vou reservá-la para o concurso e é praticamente impossível reproduzi-la fielmente. Já penou se ela ganha algum prêmio em Junho? É possível que fique tão metida que se recuse sair da garrafa!!

Comparando com uma outra cerveja do mesmo estilo, a tão famosa e excepcional Guinness Special Export – que bebemos antes de fazer a nossa versão, achei mais doce. Ou seja, a Guinness é mais seca e mais amarga. Porém, parte deste doce na nossa cerveja ainda pode desaparecer, já que ainda não chegou à metade do processo de maturação.


Bem, então aguardo respostas (pelo blog ou por e-mail, ou telefone) dos interessados para que façamos as reservas devidamente.